Para aqueles que passavam pela Avenida Contorno ou pela Baía de Todos os Santos em Salvador, o "Big Aron" era difícil de ignorar. Seu porte imponente e aura de luxo o destacavam entre as demais embarcações, tornando-o um ponto de referência na paisagem marítima da cidade.
Propriedade de Daniel Birmann, o iate foi apreendido pela Receita Federal em 2012 devido a pendências fiscais, desencadeando uma série de eventos que se desenrolariam ao longo dos anos seguintes. Leiloado múltiplas vezes, o "Big Aron" testemunhou uma montanha-russa de ofertas e reviravoltas, com valores de lance oscilando entre dezenas de milhões e milhões de reais.
A história do "Big Aron" alcançou um novo capítulo em 2018, quando foi colocado à venda pela quarta vez, com um preço inicial significativamente reduzido em comparação com avaliações anteriores. Avaliado em mais de R$ 60 milhões, o iate foi oferecido por uma fração desse valor, refletindo a persistente busca por um novo proprietário disposto a assumir o desafio de restaurar seu antigo esplendor.
No entanto, foi somente no último sábado (20) que o destino do "Big Aron" tomou um rumo inesperado. Enquanto eu cobria um evento de canoagem na Marina Aratu, em Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador, Bahia. fui surpreendido pela presença imponente do iate. Sua aparição repentina, após anos de relativo anonimato, despertou minha curiosidade.
Ao tentar obter informações sobre a presença do "Big Aron" na marina, deparei-me com um muro de silêncio por parte dos administradores. Ninguém parecia disposto a revelar os detalhes de como o iate havia ancorado ali, adicionando um toque de mistério à sua ressurreição.
No entanto, uma coisa era evidente: o "Big Aron" havia passado por uma transformação. Após anos de inatividade, ele emergiu das sombras da incerteza com uma nova vitalidade, prontamente visível em sua forma restaurada.
Enquanto a saga do "Big Aron" continua a desdobrar-se, uma coisa é certa: sua história de luxo, drama e resiliência continua a cativar e intrigar todos aqueles que têm o privilégio de testemunhar sua majestade nas águas da Bahia.