A Prefeitura de Simões Filho criticou duramente a ação, qualificando-a como um ato de "politicagem", uma vez que as eleições estão próximas, e a iniciativa parece ser voltada para angariar apoio político, ao invés de seguir os trâmites legais. A ausência de autorizações das secretarias municipais envolvidas, como a Secretaria de Ordem Pública (SEMOP), Secretaria de Assistência Social (SEMAS), Superintendência de Trânsito (SUPERTRANS), Secretaria de Serviços Públicos (SESP), Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), além de órgãos estaduais como o Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Secretaria de Saúde do município, foi destacada pela administração local.
A situação reacendeu discussões sobre a relação entre o município e o governo estadual. A gestão municipal afirma que, embora mantenha diversas parcerias com o estado, estas não são devidamente recíprocas. Um exemplo citado pela prefeitura é o apoio constante do município à segurança pública, fornecendo gasolina para as polícias Militar e Civil, além de disponibilizar carros e pessoal. Além disso, a prefeitura cedeu o terreno para a construção de uma nova delegacia na cidade.
Entretanto, a prefeitura ressalta que a contrapartida do estado é insatisfatória. A Avenida Elmo Serejo Farias, de responsabilidade estadual, está sendo requalificada com recursos próprios do município, sem o devido apoio do estado. Outro ponto sensível é a questão dos recursos federais destinados à saúde. Segundo a gestão municipal, os repasses da União, que deveriam ser repassados pelo estado para apoiar a saúde básica e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), não estão sendo transferidos para o município, dificultando ainda mais a prestação de serviços essenciais à população.
A tentativa de realizar a feira de saúde sem as autorizações adequadas em um período eleitoral foi vista pela prefeitura como mais um exemplo de desrespeito às leis municipais e à parceria institucional, levando à desconfiança sobre as verdadeiras intenções do evento.
Até o momento, não se sabe se o governo estadual buscará as autorizações necessárias para a realização da feira de saúde ou se ela será cancelada. O embate entre a prefeitura e o estado, no entanto, promete ter repercussões políticas importantes nas eleições que se aproximam.
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