O que seria uma conversa sobre os avanços no trânsito da cidade acabou se transformando em um desabafo pessoal quando o radialista Ataíde Barbosa perguntou se a candidatura de seu tio, Edson Almeida de Jesus, dividiu a família. Com firmeza, Tarcísio negou qualquer divisão familiar, mas fez duras críticas ao grupo político do tio, relembrando episódios de perseguição contra sua família. “Não, não dividiu. Como eu disse, nós somos uma família. (...) Quanto ao Edson Meira de Jesus, sim, ele é meu tio. Uma pessoa maravilhosa, por quem tenho muito carinho e respeito. Quero deixar isso claro, porque da última vez que estive aqui e abordei esse assunto, algumas pessoas, principalmente da oposição, me criticaram de maneira equivocada”, afirmou.

Porém, Tarcísio destacou que sua relação com Edson Almeida de Jesus, o homem, é diferente da sua visão sobre o candidato. “Eu sou sobrinho de Edson Almeida de Jesus, o homem. Não sou sobrinho do político ou do candidato a prefeito Edson Almeida de Jesus. Isso faz toda a diferença. Eu tenho liberdade de escolher onde quero estar, e a minha visão política é muito diferente da dele”, completou.

O ponto mais polêmico da entrevista veio quando Tarcísio acusou diretamente o ex-prefeito Eduardo Alencar, aliado de seu tio, de perseguir sua família durante sua gestão. “Há algum tempo, vou citar algumas situações, quando o deputado estadual era prefeito, ele perseguiu toda a minha família. E eu não esqueci disso. Eu não esqueço. Primeiro, porque nunca fiz parte do grupo dele”, disparou o superintendente.

Ele relatou episódios de pressão política, como o caso de sua mãe, que quase foi demitida. “Eduardo Alencar perseguiu minha família, inclusive minha mãe, que só não foi demitida graças à família Paim, ao saudoso vereador Vivaldo Paim, e à dona Edna, que chefiava a cantina central e garantiu o emprego dela”, afirmou. Tarcísio ainda mandou um abraço ao vereador Everton Paim, que acolheu sua família na época.

Tarcísio também revelou que outros familiares não tiveram a mesma sorte. “Uma tia minha foi acusada de coisas absurdas, e armaram para que ela sofresse retaliações. Ela, que trabalhava no setor de finanças, acabou sendo transferida para a limpeza de escolas. São essas práticas políticas com as quais eu não concordo. Por isso, eu não apoio e não vou apoiar esse grupo”, desabafou.

Em uma defesa enfática da gestão atual do prefeito Diógenes Tolentino (Dinha), Tarcísio lembrou como Simões Filho estava antes do atual governo. “Quando o Dinha assumiu a prefeitura, eu ainda não fazia parte de sua base, mas não sou cego. Eu lembro bem de como estava a cidade de Simões Filho. O estádio abandonado, o ‘cemitério de ônibus’ da frota de transporte, a coleta de lixo caótica, com entulho por toda parte, e escolas em estado de abandono”, criticou, apontando o caos deixado pelas gestões anteriores.

Finalizando, o superintendente destacou o modelo de gestão atual como um marco de progresso na cidade. “Agora, essas mesmas pessoas querem se apresentar como ‘salvadores da pátria’. Mas gestão não é assim. Gestão é construção, e o Dinha tem construído um modelo de gestão moderno em Simões Filho”, concluiu.