O movimento ocorre sob o manto de uma estratégia que beira o golpismo. Indignados com o resultado eleitoral, membros da elite têm pressões sobre o Ministério Público e o Judiciário para reverem uma decisão que foi clara e incontestável. A tentativa de manipulação revela uma ganância desmedida, um apetite pelo poder que ignora as bases fundamentais da democracia e expõe um desejo desesperado de controlar o executivo municipal, não pelo caminho legítimo, mas por vias que se assemelham a uma manobra autoritária.
Esse comportamento é alarmante, sobretudo porque ameaça o equilíbrio dos poderes, princípio essencial e garantido pelo artigo 2º da Constituição Federal. O Brasil, como nação democrática, deve observar a independência e a harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Mas quando interesses pessoais se sobrepõem ao bem coletivo, e tentativas de manipulação emergem para forçar uma decisão judicial em benefício de poucos, todo o sistema democrático fica sob risco.
O povo de Simões Filho já fez sua escolha e exerceu seu direito soberano por meio do voto. A atitude desta minoria golpista não representa a vontade popular, mas sim um comportamento lamentável que mostra o quanto o desespero pelo poder pode cegar alguns e levá-los a colocar interesses próprios acima do bem comum. Em tempos de fragilidade democrática, a vigilância e o respeito à vontade popular devem prevalecer, pois é isso que garante a continuidade de um sistema justo e igualitário para todos os cidadãos.