Proporcionar aos socioeducandos oportunidades de crescimento intelectual e emocional, contribuindo para sua reintegração social e construção de novas perspectivas de vida. Este é o principal objetivo do projeto de leitura “Abrindo Portas para o Futuro”, desenvolvido pela Fundação da Criança e do Adolescente (Funac).

As edições do projeto acontecem semanalmente. Está sendo realizado com os socioeducandos da Casa de Semiliberdade Cidadã, localizada em Imperatriz, e faz parte das iniciativas de escolarização da Funac. 

De acordo com a presidente da Fundação da Criança e do Adolescente, Sorimar Sabóia, o projeto de leitura, no contexto socioeducativo, configura-se como uma ferramenta transformadora. “Já existem pesquisas mostrando que programas de leitura podem reduzir a reincidência delituosa e melhorar as habilidades sociais e emocionais dos indivíduos”, afirmou. 

Roberta Fernandes da Costa, diretora da Casa de Semiliberdade Cidadã, revela que os livros utilizados no projeto variam de acordo com a disponibilidade do acervo literário do Centro Socioeducativo e com os interesses manifestados pelos socioeducandos, que têm se entusiasmado com a iniciativa. “Estamos identificando uma adesão crescente, o que é gratificante, devido à contribuição que o projeto pode ter no processo de reconstrução de vida de cada um, na medida em que a leitura permite que eles explorem novas ideias, desenvolvam empatia e adquiram habilidades que são essenciais para a vida em sociedade”, ressaltou.

Metodologia

A partir da seleção dos livros a serem utilizados, são realizadas sessões de leitura em grupo, quando os socioeducandos compartilham suas impressões sobre os textos. Em seguida, são feitas atividades complementares, com debates, redações e projetos artísticos, que incentivem a reflexão e a expressão criativa.

Durante todo o processo é realizado um monitoramento continuo do progresso dos socioeducandos e avaliação dos impactos do projeto em suas habilidades de leitura e desenvolvimento pessoal. Como resultado final, segundo Roberta Fernandes da Costa, espera-se a melhoria nas habilidades de leitura e compreensão textual. “Também contribuímos para que os socioeducandos apresentem aumento do interesse pela leitura e pela aprendizagem contínua, bem como desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como empatia, comunicação e pensamento crítico”, finalizou.