O descaso é ainda mais revoltante quando se observa que a região metropolitana concentra uma vasta população que depende exclusivamente do transporte público. Longas filas, atrasos insuportáveis e veículos sucateados são parte da rotina de quem precisa se locomover diariamente. O governo do Estado, no entanto, parece mais empenhado em discursos genéricos do que em resolver efetivamente o problema. Enquanto isso, empresas alegam dificuldades financeiras e ameaçam suspender ainda mais operações, deixando usuários desamparados.
A incapacidade de oferecer respostas concretas levanta dúvidas sobre os interesses que podem estar em jogo. Será que há influência de grupos empresariais privilegiados que mantêm seus contratos intocáveis mesmo diante do colapso? E a fiscalização, por onde anda? A omissão estatal pode estar alimentando um ciclo de corrupção e negligência que afeta diretamente a qualidade de vida da população.
A ausência de uma solução concreta por parte do governador Jerônimo Rodrigues não é apenas incompetência administrativa; é uma afronta à dignidade do povo baiano. Se a atual gestão não tem capacidade de enfrentar e resolver essa crise, talvez seja o momento de a sociedade civil intensificar a pressão e cobrar accountability daqueles que foram eleitos para servir ao povo. Afinal, promessas vazias não enchem os ônibus nem garantem transporte de qualidade.