O dado revelado pela Quaest levanta um questionamento preocupante sobre o consumo de notícias no estado. O jornalista Danilo Daniel Silva, do Correio da Bahia, reagiu ao levantamento destacando a gravidade da situação. “Meu Deus, o que essas pessoas estão consumindo jornalisticamente? Será que nós, jornalistas, não estamos conseguindo informar os eleitores sobre as ações do governo petista, sejam elas boas ou ruins? Ou será que parte da população está simplesmente alheia ao noticiário?”, refletiu ele em um artigo.
Em Simões Filho, o cenário é diferente. Apesar das dificuldades que o setor enfrenta, os veículos de comunicação locais garantem que os munícipes não fiquem em um “deserto de informações”, como pontuou Danilo Daniel Silva. Essa presença forte da imprensa municipal não apenas mantém a população informada, mas também fortalece a democracia ao permitir que os cidadãos acompanhem e cobrem as ações do poder público.
O historiador Marcos Batista alerta para os impactos da ausência de uma cobertura jornalística local. “A falta de veículos locais vai ter um impacto direto na vida política e nas escolhas eleitorais. A falta de embasamento sobre o noticiário local diminui a capacidade de fiscalizar o poder público e, assim, cobrar”, afirmou.
Diante desse contexto, Simões Filho tem motivos para se orgulhar. A cidade se destaca como um dos poucos municípios da Região Metropolitana de Salvador onde a imprensa segue firme, garantindo que a população não fique à margem dos acontecimentos e contribuindo ativamente para a construção de uma sociedade mais informada e consciente.