“Senhor presidente, senhores vereadores, senhora vereadora Andrea Almeida, público presente, mais uma vez estou aqui na tribuna, desta vez para falar sobre uma polêmica de ontem. Um vereador desta casa, hoje secretário, deu uma entrevista de forma desrespeitosa, chamando nosso ex-líder, na verdade nosso líder, nosso ex-prefeito, de 'monstro', dizendo que ele não era cristão. Ele até mentiu ao afirmar que os vereadores, junto com ele, queriam Del como prefeito. Queríamos, sim, Del como prefeito, mas em momento algum ele disse que queria o prefeito atual como prefeito. O que ele falava nas reuniões era que tinha 'carta branca' para tomar decisões, que assumiria o que falasse e faria o que pedisse”, disparou Moisés.
O parlamentar continuou seu discurso, subindo o tom contra Genivaldo Lima ao chamá-lo de mentiroso e insinuar que sua permanência na Câmara pode estar com os dias contados: “Na entrevista, ele disse que o voto dele estava 'nas mãos de Dinha'. Então, com todo o respeito aos vereadores, mas é um vereador mentiroso. Um vereador que, infelizmente, está acostumado a tentar barganhar benefícios para si próprio através de ameaças.”
Moisés também questionou a competência de Genivaldo para atuar como vereador, sugerindo que ele seria mais adequado para ocupar cargos de secretário e que seu mandato tem como único propósito a busca de vantagens pessoais: “Na minha avaliação, talvez ele nem fique mais nesta casa e suba para ser secretário. Sabe por quê? Porque não sabe atuar como vereador, não tem nenhum projeto para levar ao povo que mais precisa. O processo é ganhar eleição, como muitos que já passaram por aqui, apenas para se beneficiar do poder público, para, através do poder de vereador, levar vantagem sobre o povo desta cidade.”
O vereador Moisés finalizou seu pronunciamento ressaltando seu arrependimento por ter feito parte de outro grupo político, mas destacou sua coerência ao jamais atacar gestores anteriores. “Nunca falei mal porque sei que ele deu sua contribuição. A pessoa vai a uma entrevista e diz que nem quer falar o nome do ex-prefeito. Isso é uma vergonha para ele, e às vezes tenta contaminar a gente, vereadores. Se um dia tomarmos a posição de sair deste grupo, temos que sair de cabeça erguida e respeitar quem fica. Sabe por quê? Porque construímos juntos uma história com este grupo.”
A fala de Moisés Santos causou burburinho nos corredores da Câmara e reacendeu a tensão nos bastidores políticos de Simões Filho. Genivaldo Lima, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Caso deseje responder, o espaço segue aberto para manifestação.