“Os remédios controlados estavam me fazendo mal, e eu optei por parar de tomar os medicamentos para fazer o que amo, que é viajar”, relata Dany. Antes do diagnóstico, ela costumava viajar de avião, mas, ao começar a explorar destinos próximos sozinha de moto, descobriu uma nova paixão. Sua primeira grande experiência foi na Chapada Diamantina, onde passou uma semana desbravando a região sobre duas rodas. “Foi a partir dessa viagem que decidi que esse seria meu estilo de vida. Quero ser uma viajante aventureira em duas rodas”, afirma.
Com determinação e fé, Dany já tem novos planos: atravessar fronteiras e conhecer outros países. “Meu sonho é ir de moto até o Chile, passando pelo Deserto do Atacama. Como sou determinada, com a permissão de Deus, em breve farei essa aventura internacional”, diz.
A última viagem de Dany percorreu seis estados brasileiros — Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais — em uma jornada de 27 dias. Durante o trajeto, ela documentou tudo nas redes sociais e atraiu uma grande audiência. “Muitas pessoas começaram a me acompanhar, impressionadas com a minha coragem de viajar sozinha em uma moto de baixa cilindrada. Recebi muitas mensagens de apoio e incentivo”, conta.
Além de inspirar seguidores, Dany quebrou tabus sobre viagens de moto. “Muita gente achava impossível viajar com uma moto de baixa cilindrada. Hoje, estão vendo que é possível e que o medo não pode nos impedir de realizar sonhos. Quero mostrar que podemos ser felizes com a nossa própria companhia. Se dependermos dos outros, nunca seremos verdadeiramente felizes do nosso jeito.”
Com o vento no rosto e o coração cheio de determinação, a simõesfilhense segue desbravando o mundo sobre duas rodas — provando que a estrada, além de destino, pode ser um caminho de autoconhecimento e superação.