A situação tem causado indignação entre os moradores, que não veem qualquer atitude eficaz por parte da Embasa para solucionar o problema. Enquanto isso, o desperdício de água limpa – um recurso essencial – segue ininterrupto, contrastando com a realidade de diversas regiões que sofrem com racionamentos e falta de abastecimento.
Segundo os relatos, o problema começou após uma intervenção feita por uma equipe da Embasa, que teria deixado o local mal refeito, sem a devida vedação nos canos, resultando no atual vazamento. Além do prejuízo ambiental, a água acumulada na rua cria riscos de acidentes, alagamentos e proliferação de insetos, afetando diretamente a qualidade de vida da população local.
"A Embasa veio, quebrou o chão, fez um serviço porco e foi embora como se tivesse tudo certo. Agora a rua tá parecendo um rio, e ninguém aparece pra resolver", desabafou a moradora Dona Lurdes Silva, que vive há mais de 20 anos no local.
Para o comerciante João Batista, a situação reflete um velho problema de gestão pública: "O mais revoltante é que pagamos a conta de água em dia e recebemos isso em troca: desperdício, bagunça e abandono. Eles deviam ter vergonha".
Já a jovem Carla Ramos, que mora em frente ao ponto do vazamento, relatou o impacto direto no dia a dia: "A água escorre direto pra frente da minha casa. Fica tudo alagado, mal posso sair com meus filhos. Isso é um descaso absurdo".
A comunidade cobra uma resposta urgente da Embasa e exige que a obra seja refeita com a devida qualidade, para evitar novos transtornos. Até o momento da publicação desta matéria, a empresa não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso.
Enquanto isso, o desperdício continua, escorrendo pelos paralelepípedos da Rua Paraguaçu, como um símbolo da ineficiência de quem deveria cuidar do abastecimento e do saneamento básico.