O Portal de Notícias Vamos Adiante tem sido procurado, com frequência crescente, por moradores indignados da comunidade do Cristo Rei, em Simões Filho, que denunciam o que chamam de “desrespeito e abandono” por parte da Embasa. Uma obra de esgotamento sanitário, iniciada antes das eleições municipais, foi deixada pela metade e, desde então, só tem causado dor de cabeça à população local. Ruas esburacadas, poeira, esgoto a céu aberto e transtornos diários se tornaram rotina.
“Isso aqui virou um campo de batalha. Já faz mais de ano que começaram e nada. A Embasa some, volta, cava, larga buraco e vai embora de novo. A gente é que paga o preço”, desabafou uma moradora da Rua Paraguaçu.
O problema, contudo, não se restringe ao Cristo Rei. Segundo relatos recebidos pela redação do portal, bairros como Mapele e Góes Calmon enfrentam a mesma situação: obras paradas, ruas destruídas e uma sensação de abandono que só cresce.
Diante da gravidade, o Vamos Adiante procurou entender quem deveria agir diante de tanto descaso. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), que tem sob sua responsabilidade a fiscalização de obras e a aplicação das normas de uso do solo urbano, foi apontada como o órgão com autoridade para intervir inclusive com a suspensão de alvarás de execução em caso de irregularidades.
Porém, ao tentar contato com o secretário da pasta, Everton das Placas, vereador licenciado e homem de confiança da atual gestão municipal, a reportagem não obteve retorno. As ligações foram direcionadas à caixa postal, e nenhuma resposta foi dada até o fechamento desta matéria.
Para os moradores, o silêncio do poder público é tão gritante quanto o barulho das máquinas que nunca terminam o que começam. “Se tem um secretário que pode parar essa bagunça e ele se esconde, então ele está sendo conivente”, afirmou outro morador, que preferiu não se identificar por medo de retaliações.
O Vamos Adiante segue acompanhando o caso e cobrando uma resposta efetiva dos órgãos responsáveis. Enquanto isso, a população de Simões Filho segue afundada em buracos, promessas vazias e uma indignação que só cresce.